Como você pode construir a paz?

15/02/25
A paz nasce no coração, assim como a
violência
Pedimos pela paz no mundo e em todos os corações.
Todos nós desejamos viver em paz, ter paz e transmitir paz.
Porém, muitas vezes comprovamos que não somos
pacificadores, e sim semeadores de guerras. O orgulho, o amor próprio, a busca
doentia dos nossos desejos, os apegos desordenados: tudo isso fala de falta de
paz.
Como construir um mundo de paz, se falta paz no
coração?
O Papa Francisco nos recordou no início do ano:
“Recordemos as três palavras-chave para viver em paz e alegria em família: com
licença, obrigado, desculpa. Quando em uma família não se é invasor e se pede
‘com licença’, quando em uma família não se é egoísta e se aprende a dizer
‘obrigado’ e quando em uma família um percebe que fez algo ruim e sabe pedir
‘desculpa’, naquela família há paz e alegria”.
Para construir a paz, é necessário cultivar esse
amor fraterno cada dia. Um amor que se preocupa pelo outro, que vai além de si
mesmo. Quando vivemos assim, o problemas dos outros começam a nos importar e se
tornam mais importantes que os nossos.
Mas… e nós? Somos construtores da paz verdadeira,
pacificadores deste mundo tão violento? Atentados terroristas, guerras,
mentiras, difamações, violência doméstica, ódio. Os noticiários evidenciam a
falta de paz no mundo, e gostaríamos de mudar isso. Mas sabemos que a paz,
assim como a violência, nasce no coração.
Às vezes pensamos que esquecemos nossos rancores.
Mas eles voltam à superfície e não nos deixam viver em paz. O Natal que
passamos em família nos recordou nossos limites na família, quando nosso amor
não é tão fraterno, quando não somos tão pacificadores quanto gostaríamos.
O abraço da paz só é verdadeiro quando se torna
forte no perdão, na capacidade de aceitar o outro em sua verdade, sem
afastá-lo, sem condená-lo. Um abraço da paz deve enaltecer os que estão perto
de nós.
O coração do cristão não busca uma paz do Nirvana,
na qual a pessoa se desentende do mundo e vive tranquila, sem que nada a
incomode. Não, não é esta paz. O cristão precisa da paz de Deus, mas, para
isso, precisa dar-se por inteiro, entregar o coração com generosidade e sem
medo. O cristão não é feliz guardando-se, mas doando-se.
João termina o prólogo do seu evangelho dizendo que
ninguém viu Deus. Mas ele esteve com Jesus; e Jesus veio nos contar como é
Deus, como Ele os ama. O próprio Deus se mostrou na carne desse Menino de
Belém, nesse Homem que passou fazendo o bem.
João viveu com Ele e se deixou abrasar pelo fogo
que Jesus trouxe. João se reclinou sobre o coração de Jesus. Não recebeu uma
paz que o deixaria indiferente. Não, a paz de Cristo abrasou sua alma e
transformou sua vida. Ao saber-se amado, tornou-se amante. Porque o amor de
Jesus muda a nossa vida e nos leva a amar mais.
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