2 de novembro: como obter a indulgência plenária a um falecido?
É nosso dever, como católicos, rogar a Deus pelos nossos irmãos defuntos
Está
na Indulgentiarum Doctrina:
“Em todas as igrejas, oratórios
públicos ou semi-públicos ― para os que legitimamente usam desses últimos ―
pode-se ganhar a indulgência de 2 de novembro, que só pode ser aplicada aos
defuntos” (Norma N.15).
Para
relembrar, a indulgência, conforme diz o próprio documento do Vaticano consiste
na:
“remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já
perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e
determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora
da redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de
Cristo e dos Santos” (Norma N.1).
Em
2013, o Papa Francisco lembrou que, assim como os santos intercedem a Deus pelas
almas, nós também podemos rogar ao Senhor pelas almas de nossos parentes,
amigos e conhecidos falecidos. Disse o Papa:
“Todos os batizados da terra, as
almas do Purgatório e todos os beatos que já se encontram no Paraíso formam uma
única grande Família. Esta comunhão entre a terra e o Céu realiza-se
especialmente na prece de intercessão”.
Está
na Indulgentiarum Doctrina:
“Em todas as igrejas, oratórios
públicos ou semi-públicos ― para os que legitimamente usam desses últimos ―
pode-se ganhar a indulgência de 2 de novembro, que só pode ser aplicada aos
defuntos” (Norma N.15).
Para
relembrar, a indulgência, conforme diz o próprio documento do Vaticano consiste
na:
“remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já
perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e
determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora
da redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de
Cristo e dos Santos” (Norma N.1).
Em
2013, o Papa Francisco lembrou que, assim como os santos intercedem a Deus pelas
almas, nós também podemos rogar ao Senhor pelas almas de nossos parentes,
amigos e conhecidos falecidos. Disse o Papa:
“Todos os batizados da terra, as almas do Purgatório e todos os beatos que já se encontram no Paraíso formam uma única grande Família. Esta comunhão entre a terra e o Céu realiza-se especialmente na prece de intercessão”.
O que devo fazer para obter a indulgência plenária para um defunto?
Para
obter a indulgência a um defunto, deve-se cumprir os seguintes requisitos:
1)
Confissão sacramental – cada confissão vale para as indulgências obtidas até 15
dias antes e para as que serão obtidas até 15 dias depois de se ter confessado;
2)
Comunhão Eucarística – é necessária uma comunhão para cada indulgência;
3)
Oração pelas intenções do Papa – rezar para cada indulgência;
4) Exclusão de
qualquer apego ao pecado, mesmo venial
Para obter a indulgência a um defunto, deve-se cumprir os seguintes requisitos:
1) Confissão sacramental – cada confissão vale para as indulgências obtidas até 15 dias antes e para as que serão obtidas até 15 dias depois de se ter confessado;
2)
Comunhão Eucarística – é necessária uma comunhão para cada indulgência;
3)
Oração pelas intenções do Papa – rezar para cada indulgência;
4) Exclusão de
qualquer apego ao pecado, mesmo venial
Que orações devo fazer em intenção ao Santo Padre?
A
condição da oração nas intenções do Sumo Pontífice pode ser plenamente cumprida
rezando um Pai-Nosso e uma Ave-Maria; mas é facultado a todos os fiéis que
recitarem qualquer outra oração conforme a sua piedade e devoção para com o
Pontífice Romano.
A condição da oração nas intenções do Sumo Pontífice pode ser plenamente cumprida rezando um Pai-Nosso e uma Ave-Maria; mas é facultado a todos os fiéis que recitarem qualquer outra oração conforme a sua piedade e devoção para com o Pontífice Romano.
O que é indulgência plenária? Como alcançá-la
no Ano da Misericórdia?
A doutrina e o uso das indulgências na Igreja
Católica há vários séculos encontram sólido apoio na Revelação divina, e vem
dos Apóstolos.
“Indulgência é a remissão, diante de
Deus, da pena temporal devida aos pecados já perdoados quanto à culpa, que o
fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por
meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, com
autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos”. (Norma 1 do
Manual das Indulgências).
O Catecismo da Igreja Católica nos
ensina que: “Pelas indulgências, os fiéis podem obter para si mesmos e também
para as almas do Purgatório, a remissão das penas temporais, sequelas dos
pecados (n. 1498).
O pecado tem duas consequências: a
culpa e a pena. A culpa é perdoada na Confissão; a pena, que é a desordem que o
pecado provoca no pecador e nos outros, e que precisa ser reparado, é eliminada
pela indulgência que pode ser plenária (total) ou parcial.
De acordo com o Manual das
Indulgências, para se ganhar uma indulgência plenária (uma vez por dia apenas),
para si mesmo ou para as almas, deve-se fazer:
a) uma Confissão individual rejeitando
todos os pecados (basta uma Confissão para várias indulgências);
b) receber a Sagrada Eucaristia;
c) rezar pelo Papa ao menos um
Pai-nosso e uma Ave-Maria.
Não é necessário que tudo seja feito no
mesmo dia. Além disso, escolher uma dessas práticas:
1- Adoração ao Santíssimo Sacramento pelo menos
por meia hora (concessão n. 3)
2- Leitura espiritual da Sagrada Escritura ao
menos por meia hora (concessão n. 50);
3 – Piedoso exercício da Via Sacra (concessão n.
63);
4- Recitação do Rosário de Nossa Senhora na
igreja, no oratório ou na família ou na comunidade religiosa ou em piedosa
associação (concessão n. 63).
Para o Ano da Misericórdia o Papa
Francisco autorizou outros meios de “alcançar misericórdia” por meio da indulgência
plenária. Esta prática pode, então, substituir uma das quatro opções citadas
acima: Rosário, ou Adoração do Santíssimo, ou Via Sacra, ou leitura bíblica
meditada.
Segundo a carta do Papa Francisco a
D.Rino Fisichella, presidente do pontifício conselho para a promoção da nova
evangelização, se concede a indulgência para o Ano Santo:
1- PEREGRINAÇÃO ATÉ
A PORTA SANTA
“Para viver e obter a indulgência os
fiéis são chamados a realizar uma breve peregrinação rumo à Porta Santa, aberta
em cada Catedral ou nas igrejas estabelecidas pelo Bispo diocesano, e nas
quatro Basílicas Papais em Roma, como sinal do profundo desejo de verdadeira
conversão”.
2-DOENTES E PESSOAS
IMPOSSIBILITADAS
“Penso também em quantos, por diversos
motivos, estiverem impossibilitados de ir até à Porta Santa, sobretudo os
doentes e as pessoas idosas e sós, que muitas vezes se encontram em condições
de não poder sair de casa. Viver com fé e esperança jubilosa este momento de
provação, recebendo a comunhão ou participando na santa Missa e na oração
comunitária, inclusive através dos vários meios de comunicação, será para eles
o modo de obter a indulgência jubilar”.
3-ENCARCERADOS
“O meu pensamento dirige-se também aos
encarcerados, que experimentam a limitação da sua liberdade. Nas capelas dos
cárceres poderão obter a indulgência, e todas as vezes que passarem pela porta
da sua cela, dirigindo o pensamento e a oração ao Pai, que este gesto
signifique para eles a passagem pela Porta Santa, porque a misericórdia de
Deus, capaz de mudar os corações, consegue também transformar as grades em
experiência de liberdade”.
4-OBRAS DE
MISERICÓRDIA ESPIRITUAIS OU CORPORAIS
“Todas as vezes que um fiel viver uma
ou mais destas obras pessoalmente obterá sem dúvida a indulgência jubilar.
Daqui o compromisso a viver de misericórdia para alcançar a graça do perdão
completo e exaustivo pela força do amor do Pai que não exclui ninguém.
Portanto, tratar-se-á de uma indulgência jubilar plena, fruto do próprio evento
que é celebrado e vivido com fé, esperança e caridade”.
5-FIÉIS FALECIDOS
“A indulgência jubilar pode ser obtida
também para quantos faleceram. A eles estamos unidos pelo testemunho de fé e
caridade que nos deixaram. Assim como os recordamos na celebração eucarística,
também podemos, no grande mistério da comunhão dos Santos, rezar por eles, para
que o rosto misericordioso do Pai os liberte de qualquer resíduo de culpa e
possa abraçá-los na beatitude sem fim”.
6-FIÉIS QUE
FREQUENTAREM IGREJAS DA FRATERNIDADE SÃO PIO X
[A Indulgência também] “é dirigida aos fiéis
que por diversos motivos sentem o desejo de frequentar as igrejas oficiadas
pelos sacerdotes da Fraternidade São Pio X. Movido pela exigência de
corresponder ao bem destes fiéis, estabeleço por minha própria vontade que
quantos, durante o Ano Santo da Misericórdia, se aproximarem para celebrar o
Sacramento da Reconciliação junto dos sacerdotes da Fraternidade São Pio X,
recebam validamente e licitamente a absolvição dos seus pecados”.
Que neste Ano Santo que se iniciará,
saibamos aproveitar a oportunidade para vivê-lo intensamente e buscar ir ao
encontro dessa fonte inesgotável de misericórdia que nasce do Coração de Deus.
Indulgências:
O que são?
Antes de explicar O que são as
indulgências, vamos mostrar o que a Igreja ensina sobre esta doutrina sem
hesitação.
O Catecismo da Igreja (CIC) afirma que:
“Pelas indulgências, os fiéis podem obter para si mesmos e também para as almas
do Purgatório, a remissão das penas temporais, sequelas dos pecados” (CIC,
§1498).
O Papa Paulo VI (1963-1978), na Constituição
Apostólica Doutrina das Indulgências (DI), ensina com clareza toda a verdade
sobre esta matéria. Começa dizendo que:
“A doutrina e o uso das indulgências
vigentes na Igreja Católica há vários séculos encontram sólido apoio na
Revelação divina, a qual vindo dos Apóstolos “se desenvolve na Igreja sob a
assistência do Espírito Santo”, enquanto “a Igreja no decorrer dos séculos,
tende para a plenitude da verdade divina, até que se cumpram nela as palavras
de Deus (Dei Verbum, 8).” ( DI, 1).
Assim, fica claro que as indulgências
têm base sólida na doutrina católica (Revelação e Tradição) e, como disse Paulo
VI, “se desenvolve na Igreja sob a inspiração do Espírito Santo”.
A Origem das
Indulgências
O uso das indulgências teve sua origem
já nos primórdios da Igreja. Desde os primeiros tempos ela usou o seu poder de
remir a pena temporal dos pecadores.
Sabemos que na Igreja antiga dos
primeiros séculos, a absolvição dos pecados só era dada aos penitentes que se
acusassem dos próprios pecados e se submetessem a uma pesada penitência
pública; por exemplo, jejum de quarenta dias até o pôr do sol, trajando-se com
sacos e usando o silício, autoflagelação, retirada para um convento, vagar
pelos campos vivendo de esmolas, etc., além de ser privado da participação na
Liturgia eucarística e na vida comunitária. Isto era devido ao “horror” que se
tinha do pecado e do escândalo.
Aquele que blasfemasse o nome de Deus,
da Virgem Maria, ou dos santos, ficava na porta da igreja, sem poder entrar,
sete domingos durante a missa paroquial, e, no último domingo ficava no mesmo
lugar sem capa e descalço; e nas sete sextas-feiras precedentes jejuava a pão e
água, sem poder neste período entrar na igreja. Aquele que rogasse uma praga
aos pais, devia jejuar quarenta dias a pão e água…
Essas pesadas penitências, e outras,
tinham o objetivo de extinguir no penitente os resquícios do pecado e as más
inclinações que o pecado sempre deixa na alma do pecador, fazendo-o voltar a
praticá-lo.
Na fase das perseguições dos primeiros
séculos, quando era grande o número de mártires, muitos cristãos ficavam presos
e aguardavam o dia da própria execução. Surgiu nesta época um belo costume: os
penitentes recorriam à intercessão dos que aguardavam presos à morte. Um deles
escrevia uma carta ao bispo pedindo a comutação da pesada penitência do
pecador; eram as chamadas “cartas de paz”. Com este documento entregue ao
bispo, o penitente era absolvida da pesada penitência pública que o confessor
lhe impusera, e também da dívida para com Deus; a pena temporal que a
penitência satisfazia. Assim, transferia-se para o pecador arrependido, o valor
satisfatório dos sofrimentos do mártir.
Desta forma começou o uso da
indulgência na Igreja.
Muitas vezes os penitentes não tinham
condições de saúde suficiente para cumprir essas penitências tão pesadas; e
isto fez com que a Igreja, com o passar do tempo, em etapas sucessivas e
graduais, fosse abrandando as penitências.
Na Idade Média, a Igreja, com a certeza
de que ela é a depositária dos méritos de Cristo, de Nossa Senhora e dos
Santos, o chamado “tesouro da Igreja”, começou a aplicar isto aos seus filhos
pecadores. Inspirados pelo Espírito Santo, os Papas e Concílios, a partir do
século IX, entenderam que podiam aplicar esses méritos em favor dos penitentes
que deviam cumprir penitencias rigorosas. Assim, surgiram as “obras
indulgenciadas”, que substituíam as pesadas penitências. O jejum rigoroso foi
substituído por orações; a longa peregrinação, por pernoitar em um santuário;
as flagelações, por esmolas; etc. A partir daí, a remissão da pena temporal do
pecado, obtida pela prática dessas “obras indulgenciadas”, tomou o nome de
“indulgência”.
Nos exemplos das pesadas penitências
públicas citadas acima, elas eram substituídas, respectivamente, por uma
indulgência de sete semanas e por uma indulgência de 40 dias; por isso as
indulgências eram contadas em dias, semanas e meses, porque assim, eram também
contadas as penitências públicas.
Com a reza do Terço, por exemplo, em
qualquer dia do mês de outubro, se ganhava a indulgência de sete anos.
No século IX, os bispos já concediam
indulgências gerais, isto é, a todos os fiéis, sem a necessidade da mediação de
um sacerdote. Assim, os bispos estipularam que realizando certas obras
determinadas, os fiéis poderiam obter, pelos méritos de Cristo, a remissão das
penas devidas aos pecados já absolvidos.
É preciso compreender que esta prática
não se constituía em algo mecânico; não, o penitente, ao cumprir a obra
indulgenciada devia trazer consigo as mesmas disposições interiores daquele que
cumpria no passado as pesadas penitências, isto é, profundo amor a Deus e
repúdio radical de todo pecado. Sem isto, não se ganharia a indulgência. Com o
passar do tempo, e principalmente por causa da “questão das indulgências” no
tempo de Martinho Lutero (explicado adiante), no século XVI, as indulgências
foram ofuscadas e tornaram-se objeto de críticas. No entanto, após o Concílio
Vaticano II (1962-65), o Papa Paulo VI reafirmou todo o seu valor, na
Constituição Apostólica Indulgentiarum Doctrina, onde quis claramente mostrar o
sentido profundo e teológico das indulgências; incitando os católicos ao
espírito de contrição e penitência que deve movê-los ao realizar as obras
indulgenciadas, removendo toda a aparência de mecanicismo espiritual que no
passado aconteceu.
Comentários
Postar um comentário